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domingo, 30 de março de 2014

Tokyo Fashion Festa São Paulo ~ Parte 1

Esse post será dividido em três partes! Uma para falar sobre o evento e as marcas, uma segunda para falar sobre o desfile e minha impressão sobre os modelos e o outro para falar sobre o dia! Espero que gostem~


A Fundação Japão em São Paulo, em parceria com a FASM realizaram no dia 27/03 a Tokyo Fashion Festa (TFF). Uma palestra com o empresário Nichi Kashihara, com um desfile de moda urbana contemporânea de Tóquio.

A palestra teve tradução simultânea com o Nichi Kashihara, e os looks são das marcas Motonari Ono, Neb aaran do, Yukihero Pro-Wrestling e Dress and Tights! Assim eu pesquisei algumas informações para passar pra vocês sobre as marcas!


Neb aaran do

Uma marca passa o conceito de uniformes colegiais com um toque urbano. A maior parte das roupas são largas num formato A-line, muito inspiradores para looks mori com toque urbano, pelo menos na minha opinião! Aqui vai o site para fuçarem também, vale muito a pena!
Aliais, o nome da marca é a pronuncia que os japoneses dão a "Nerverland"!


Dress and Tights

Como o próprio nome diz, a marca vende "Vestidos e Meias-calças", e só! Os looks são simples mas as estampas são simplesmente maravilhosas! Infelizmente não achei informações em inglês ou português da marca, mas aqui tem o site onde vocês podem dar uma olhada nas meias maravilhosas e ~lúdicas~ que a marca oferece! Como eu gostaria de ter algumas delas!







Yukihero Pro-Wrestling

Essa marca tem como inspiração a Luta Livre Mexicana, por tanto, imaginem só o que os japoneses podem fazer com algo tão inusitado! Não consegui encontrar o site oficial, mas tem o facebook com umas fotos bem interessantes que mostram um pouco sobre a identidade da marca.









Motonari Ono

Atualmente é um dos destaques da Tokyo Fashion Week. Achei o site da Ono, com informações em inglês e outras em japonês; pelo que deu pra entender, a marca foi criada em 2006. Acho que ela tem uma mistura de moderno com retrô bem interessante e mantem uma feminilidade suave e fluida.





A Palestra

A palestra lotou!

A palestra foi bem interessante. Nunca havia participado de uma com tradução simultânea, ainda mais em japonês! Gostei de ver realmente como ele falava e explicava as coisas com calma.


Kashihara falou um pouco sobre sua marca Madame-Killer: Embaixadora da Street Fashion Japonesa.

"Madame-Killer New York é a primeira boutique street fashion japonesa, aberta em 2003 no Lower East Side. Seu fundador, Nichi, também organiza o Japanese Street Fashion runway show & lecture ( JSF desfile e palestra) Tokyo Fashion Festa, além de fazer moda consultoria/compra entre Japão e outros países" (Tradução do Site Oficial Madame-Killer, por Cláudia Lara)

O nome Mademe-Killer veio de uma expressão japonesa em que eles tomam essas palavras como "um homem que seduz mulheres maduras"; como ele mesmo disse "Não que eu seja um Madame-Killer, mas é que o nome chamava a atenção e gerava curiosidade".

Ao começar a falar sobre os estilos, iniciando na década de 80, ele explicou a situação econômica do Japão e como as Office Ladys eram as compradores inicialmente, pois eram mulheres que trabalhavam e possuíam poder de compra; e a partir de uma mudança do quadro econômico as colegiais passaram a ser o grande público consumidor, indo até a moda atual.

Ele falou um pouco sobre Moda Gyaru: moda que vem da expressão americana gal a qual os japonesas tem essa pronuncia de gyaru. Explicou como ela surgiu e sitou seu simbolo, a Namie Amuro, assim como as revistas Kawaii e Egg. Falou sobre a evolução delas para as Yamamba Gyaru e também sobre as One-Gyaru.

Não irei me estender nas explicações pois pretendo fazer um post só sobre esse estilo para falar da mistura do Gyaru com o Mori Girl.

Foto por FASM - Nichi Kashihara e Akemi Matsuda

Logo após ele citou o filme Kamikaze Girls, de 2004, um filme que propagou a cultura lolita dentro e fora do Japão. Vi que ele ficou surpreso com o número de pessoas que afirmaram que já assistiram; a maior parte das pessoas que estavam lá eram aquelas que já estão nesse meio, que já tinha um conhecimento prévio. Acho que foi interessante ver esse número de peso.

E assim ele iniciou a parte sobre Moda Lolita da palestra, citou o Laforet Shopping e apresentou a Akemi Matsuda, ela é a nossa embaixadora kawaii, nomeada pela própria Aoki Misako que é a Embaixadora Kawaii japonesa, formada em enfermagem.

Akemi explicou para aqueles que não conhecem como funciona o estilo no Brasil, falou dos problemas com o calor e como as roupas poder chegar a custar até mesmo US$1.000; além disso também falou como funcionam os nossos meetings e sobre os poucos locais os quais os realizamos.

Para a minha surpresa ele citou Mori Girl! Ou Mori Gyaru, como ele colocou no slide. Explicou a base sobre o mori retratar uma garota da floresta e que atualmente é um estilo que esta em baixa no Japão, apesar de haverem pessoas que continuam a seguir o estilo com afinco.

Outros detalhes foram citados, como os Gyaru-o, os Oniikey, a Kyary Pamyu Pamyu; além de ter explicado um pouco mais sobre o sweet, classic, gothic, wa e punk lolita. Porém é muita informação para passar então decidi não colocar essas partes no post.

sexta-feira, 28 de março de 2014

62 Regras da Mori Girl - WHAT?

62 Regras da Mori Girl

Fonte/source: devianart

Seguir ou não seguir? Eis a questão!



A muito tempo atrás, num lugar distante... Opa, história errada.

A cada post que eu faço no blog eu sempre prezo por lembrar que não existem regras específicas para ser uma Mori Girl, mas como a vida não é tão legal assim, no Japão saiu uma lista numa revista com as regras para ser uma "verdadeira Mori Girl".

Ok, vamos com calma que a história é longa.

Por que criaram regras?


Uma pequena introdução sobre o Japão pode responder essa pergunta! O Dress Code japonês se divide em três grandes áreas com várias divisões que são:

  1. Wafuku - Roupa tradicional japonesa, com todos os tipos de kimono, desde os para trabalho até o de casamento.
  2. Alternativo - A moda Conceitual e a Street Fashion, onde encontramos os grandes estilistas(conceitual) e as modas vistas em Akihabara, Shibuya e parcialmente em harajuku(street fashion / alternative fashion, como Lolita, Gyaru, Visual Kei, Decora e outras)
  3. Yõfuku - Roupa ocidental dentro do Japão.

Tanto o Wafuku como o Yõfuku são categorias que possuem diversas regras implantadas desde o inicio da sociedade, fazendo divisões entre o que é formal, informal, gala, etc; até aqui é basicamente como funciona qualquer Dress Code no mundo, porém essa área no meio é a que importa.

A Moda Alternativa no Japão nasceu a partir da necessidade de um meio em que você possa criar livremente, sem regras ou parâmetros; dentre as modas de Harajuku vamos desde roupas insanas como as Spank até as mais "realistas" como as Gyaru. Lembrando que o conceito de Moda no Japão não é o que é visto nas passarelas e sim o que esta na rua, ou seja, a Street Fashion japonesa é a área mais importante para quem trabalha na Moda por lá; dessa forma tudo que aparece na rua, mesmo que pareça loucura, é tratada como um verdadeiro movimento de estilo e trabalhado com seriedade por designers da moda.

Por causa de toda essa cultura em que os estilos de roupa sempre foram fundamentados em regras, é natural que mesmo nas modas alternativas as japonesas acabem criando regras de base para se seguir o estilo. Um bom exemplo é a Moda Lolita, em que a regra base é o formato cupcake da saia, mas mesmo assim existem exceções dentro da regra mais básica do estilo, como a Casual Lolita; o que quero dizer é, não importa quantas regras existam, elas podem ser burladas, exceções podem ser abertas o tempo todo!

O Mori Girl esta no meio alternativo e tão logo esse estilo se ampliou viu-se a necessidade de implementar regras para "padronizar" as utilitárias, de forma que o sentido do estilo não se perdesse. Você não precisa seguir todas, mas elas são interessantes para se ter uma ideia sobre o que é comum no Mori.



As Regras

Eu achei as regras aqui no Japanese streets, então vou traduzir abaixo para vocês; porém eu também consultei a lista pela tradução da Je.e no blog dela em alguns momentos! Aliais, as regras foram criadas em Agosto de 2009 e aparentemente foi lançada no própria comunidade Mori Girl do Mixi(Orkut Japonês).

  1. Você gosta de vestidos de modelagem larga/folgada
  2. Você sempre usa vestidos e saias
  3. Você prefere roupas mais peculiares do que as simples (porém não gosta das chamativas)
  4. Você parece natural, mas com seu estilo pessoal
  5. Você tem um gosto especial sobre materiais (fabrics - tecidos ou materiais que foram utilizados, normalmente tecidos)
  6. Você gosta de roupas étnicas
  7. Você veste roupas em A-line
  8. Você gosta de usar vestidos que garotinhas usariam
  9. Você gosta de "batas" que pareçam vestidos ou blusas
  10. Você não gosta de estilos super "doces"/fofos"
  11. Você gosta de cores escuras como as terrosas, bordô, verdes escuro, azuis escuros e tons de marrom
  12. Cores quentes ficam bem em você
  13. Unhas curtas são mais confortáveis
  14. Você gosta de chapéis de tricô ou pele (vegetarianos chorando com as peles)
  15. Você gosta de protetores de orelha
  16. Você gosta de ponchos e boleros
  17. Você quer ter bolsas de couro
  18. Você usa pochette para tudo (nessa parte eu fiquei na duvida se é a nossa pochete ou se é o tipo de bolsa estilo carteira, no google aparecem muitas no gênero e as japonesas são lindas! Deem uma olhada em "japanese pochette" lá ;-;)
  19. Você prefere acessórios dourados a prateados
  20. Você se sente atraída por coisas antigas
  21. Você gosta de relógios de bolso
  22. Você gosta de colares com magnificas lentes ou designs grandes (lupas, gaiolas, etc.)
  23. Você gosta de motivos de animais
  24. Você gosta de motivos de doces (isso não contradiz com a 10?)
  25. Você gosta de xadrez/quadriculado e bolinhas
  26. Você gosta de estampas florais antigas
  27. Você gosta de laços
  28. Você gosta de meia-calça e leggings
  29. Seus sapatos são básicos e de sola plana(sem salto)
  30. Você gosta de sapatos de bico redondo
  31. Se você usar tênis, eles são fofos, soltos e slip-one(sem cadarço) (amantes dos all stars, tipo eu, choram aqui)
  32. Ao invés de botões comuns, você prefere os forrados
  33. Você gostaria de enrolar seu cachecol em toda sua volta
  34. No inverno, uma gola tartaruga é a sua base (ok, nem eu sabia o nome dessa gola)
  35. Você gosta de se vestir em camadas
  36. Você não gosta de mangas bufantes (Por que??? Eu amo! *cry*)
  37. Você ama contos de fada
  38. Tem pele clara (preconceito mandou um beijo)
  39. Seu cabelo enrola fofamente (o meu é natural e não "enrola fofamente" ahasuhasuasuh)
  40. Corte de cabelo Bob e franja reta
  41. Franja reta e cabelos de cachos soltos 
  42. Feminina
  43. Você gosta do felissimo (designer)
  44. Do Felissimo, você gosta especialmente das marcas Syrup e &sloe
  45. Ama acessórios doces (ainda acho que isso contradiz com a 10)
  46. Gosta de relaxar em cafeterias (e se você não gosta de café???)
  47. Você gosta de andar com uma câmera a mão
  48. Você acaba parando em brechós inconscientemente
  49. Você não consegue parar de colecionar coisas que gosta
  50. Achar livrinhos fofos nas livrarias te faz feliz
  51. Fica animada quando esta em lojas de móveis
  52. Você gosta de fazer coisas a mão
  53. Outono e inverno são suas estações preferidas
  54. Gostaria de visitas a Scantinavia um dia (opa, aqui não bateu com o blog da Je.e!)
  55. Você gostaria de ter bochechas redondas (bochechas ou maças do rosto?)
  56. Se você usa perfume prefere aromas de flores leves
  57. (Você deseja ser) Uma garota que tem um ar leve
  58. (Você deseja ser) Uma garota descomplicada, simples
  59. Você passa a aura de alguém descontraída (livre, leve e solta...) 
  60. Você considera a Hagumi Hanamoto, de Honey e Clover, uma Mori Girl
  61. Shizuru Satonaka de Tada, Kimi wo Aishiteru também é uma Mori Girl para você
  62. Um amigo lhe falou que você se parece uma garota que veio da floresta

E é isso! Ufa, até me cansou!

Como podem ver são muitas regras que eu até me pergunto se algumas delas ali são realmente necessárias, principalmente as relacionas a comportamento mais pessoais. Acho que não fui só eu que se identificou com alguma coisas e quanto a outras ficou pensando "O que a pessoa que escreveu isso tinha na cabeça?"; mas apesar disso é bem interessante perceber o quanto de pequenos detalhes foram juntados e que certamente fazem sentido!

Quero dizer, quando você gosta de Mori é natural você gostar de coisas larga, gostar de couro(a não ser que você seja vegetariano!), gostar de visitar brechós e por ai vai; mas senti que muitas coisas são tão... subliminares! Quero dizer, como vamos dizer que cores quentes ficam bem em alguém ou não? É algo muito pessoal! Só porque você não é/quer ser uma Mori Girl não quer dizer que você se dê bem com esse tipo de cores.


Vou fazer uma série de posts com pelo menos duas regras cada um e comentar sobre elas, dando exemplos e imagens para ilustrar o que a regra quer passar e a adaptação que ela pode ter.


Afinal... regras foram feitas para serem quebradas, não é?



Cláudia

segunda-feira, 24 de março de 2014

O Jardim Secreto

O Jardim Secreto

Sinopse (DVD)

Em uma grande casa de campo, três crianças encontram-se sob cuidados de uma severa governanta(Maggie Smith, de Mudança de Hábito). Mary (Kate Maberly) é uma menina órfã e rebelde. Seu primo Colin (Heydon Prowse), é um menino mimado e cheio de manias e Dickon (Andrew Knott), é um menino gentil e atencioso. Juntos eles desafiam as regras da casa e descobrem um jardim abandonado, que se transforma em um esconderijo particular. Através do carinho desses três amigos, o velho jardim transforma-se em um lugar mágico, cheio de flores, surpresas e alegria. O Jardim Secreto é um lugar fantástico onde não existe tristeza e arrependimento... um lugar onde a força da amizade pode trazer de volta a beleza da vida. Venha descobrir esse lugar onde a amizade é a chave que abre todas as portas.


"Bonito, inteligente. Entretenimento extasiante."
- Roger Ebert's Video Companion


Sinopse (minha)

Mary é uma garota mimada, filha de pais ricos, ela passou a vida inteira sendo cuidada por criadas na Índia, onde o pai trabalhava; porém sua vida muda quando um terremoto ocorre e somente ela sobrevive. Sem nenhuma família na Índia, ela é mandada para viver com seu tio, em uma grande casa de campo; lá ela vive sobre as regras de uma rigorosa governanta e na companhia de um garoto chamado Dickon. A vida passa vagarosa e ela percebe a atmosfera triste e pesada que paira sobre a casa. Qual seria a razão para isso? O que são os gemidos que ela ouve todas as noites? Um fantasma?
Sua pacata vida muda rapidamente quando ela acha a porta para um jardim abandonado, um lugar que permaneceu intocado durante anos e que trás uma história velada. Histórias indianas, um sofrimento físico e um novo sentimento nasce ao abrir daquela porta.


Resenha

Esse foi um filme que me marcou a infância pois houve uma época em que passava direto na Sessão da Tarde(Canal Globo)! Ano passado eu comecei a sentir muita falta dele, de forma que resolvi procurar o DVD para ter em minha coleção; comprei no site da Submarino por R$12,90, foi uma ótima compra!

A principio o filme é meio bobo e de certa forma monótono, pois ele não é como os filmes de ação que estamos acostumados a ver hoje em dia. Pelas vestimentas, eu diria que o filme se passa em 1900 pra cima, por causa da silhueta das roupas; ele tem figurinos lindos, com destaque para a cena inicial em que as empregadas estão vestindo a Mary! Apesar do "ritmo lento" ele tem muitos detalhes psicológicos sobre os personagens, mesmo aqueles que não parecem ter importância; desse modo, a história individual e cruzada dos personagens tem o mesmo nível de importância.

Acho que quando eu era criança eu não entendia muito bem o que estava se passando na cabeça de cada um; principalmente de seu primo Colin que mostra como uma ideia fixa em sua cabeça pode influência seu estado corporal, assim por dizer. Acredito que é um ótimo filme para se assistir com atenção não só para perceber os detalhes da roupa mas também o grande contexto da história!


Roupas

E aqui faço um pequeno parenteses para falar sobre as vestimentas da Mary!

Não sei se repararam, mas suas roupas são predominantemente larguinhas, mesmo que com a cintura levemente marcada, e todo um ar campestre. Esse filme é muito usado como referência ao Natural Kei e que pode servir de inspiração também para Mori! Pessoalmente, acho que o Natural Kei é extremamente próximo ao Mori o que acaba me fazendo querer andar de laços estreitos com ambos os estilos; afinal, não é de hoje que existem mori girls que usam os estilos junto e misturado!


Espero que assistam o filme e compreendam todo o significado que ele carrega!

Cláudia

quarta-feira, 19 de março de 2014

Mori... Boy?

Homens usando Mori?


O nome do estilo se chama Mori Girl, mas será que ele pode também ser utilizado no meio masculino?

Atualmente, em um trabalho da faculdade, eu aceitei o desafio de fazer uma coleção de 10 croquis, sendo 6 deles femininos e outros 4 masculinos; porém eu não queria fazer com roupas casuais, eu desejava utilizar um tema/estilo/moda a qual eu realmente apreciasse. A partir desse momento decidi usar a estética do mori como base para o trabalho e comecei a pesquisar sobre como esse estilo é transmitido em roupas masculinas.

Mesmo sendo mori, as roupas masculinas adquirem um pouco mais de simplicidade do que as femininas, mas também permanece com várias sobreposições o que me fez lembrar, por vezes, de algo como "caçador da floresta"; desse jeito, é possível ver que é existe a possibilidade de homens usarem essas roupas.

Acredito que para o público masculino é ainda mais desafiador seguir a estética Mori, pois eles não tem marcas ou lojas voltadas para esse estilo; acabou que poucos aderiram ao estilo, e estes se veem obrigados a andar de loja em loja, frequentando desde brechós até roupas de marca a procura de peças que se encaixem na base estética.

O que mais me chamou a atenção nos garotos usando mori foi que eles tem um guarda-roupa de verão super confortável e versátil! Camisas, coletes e shorts comuns compõem facilmente a estética Mori e permite que não usem muitas camadas, o que eu achei a maior vantagem de ser homem nessa hora.

Acho que é mais incomum achar homens usando mori num modo mais primaveril do que no mais invernal, mas apesar disso achei algumas fotos bem interessantes nesse naipe!

Uma coisa interessante de se pensar é que a sociedade aceitaria mais facilmente um mori boy numa linha primaveril, já que é incomum (no ocidente) homens usarem várias camadas de roupas. Talvez isso faça crescer a vontade dos mori boys de aderirem efetivamente o estilo, já que seguir uma moda fica muito mais fácil quando não se tem uma pressão externa contra isso.

Aqui vão alguns exemplos de Mori Boy que eu adorei!


 

Estão vendo? Diferentes jeitos de usar Mori para diferentes climas, com estampas e estilos diferentes, cada um refletindo aquilo que a pessoa quer. O primeiro da segunda fileira, por exemplo, deixou seu visual único pelo cachecol e sapatos de cores vibrantes que saem do "tema" do mori mas que de alguma forma combinam com o ar que ele transmite.

Eu fiquei bem feliz ao ver todas esses homens usando mori de acordo com seus próprios estilos pessoais! Espero que continue crescendo e se disseminando até que os homens do ocidente também passem a usar o estilo efetivamente!





Espero que tenham gostado do post especial para o Mori Boy! Será que algum leitor vai se aventurar pelo estilo agora que sabe que não esta sozinho?

Cláudia

quinta-feira, 13 de março de 2014

DIY! - Decoração Mori


DO IT YOURSELF - Faça você mesmo!


A partir do momento em que eu tomei a decisão de de aplicar alguns aspectos do lifestyle de Mori Girl no meu dia a dia, percebi que eu não estava mais muito feliz com a decoração de meu quarto... Eu já fui aquele tipo de pessoa viciada em animes, quase uma otaku, e ainda tem muitos "vestígios" disso no meu quarto; não é que eu não goste mais de anime/mangá, tenho uma enorme coleção que não pretendo me desfazer, mas minha vida mudou e agora existem muitas outras coisas importantes que eu gostaria que meu quarto refletisse!

Nessa série de posts sem previsão de finalização, eu vou mostrar todas as pequenas mudanças que eu vou fazer em meu quarto; desde do design do meu criado mudo até meu painel de metal do lado da cama. Como eu divido o quarto com a minha irmã não vai ser uma transformação total, e sim no espaço que me é de direito; mesmo assim, tenho muitas ideias que vou aplicar de acordo com o tempo e recursos que eu tiver disponíveis!

Gaiola de Pássaros



Como eu comentei, eu faço faculdade de Moda, e depois de um tempo de exposição os alunos donos de trabalhos tem até um certo tempo para levar seus trabalhos embora ou eles serão mandados para a reciclagem; mas é claro que eles não vão direto para a reciclagem! No dia seguinte ao prazo de retirada, a faculdade monta uma mesa com a placa "Pegue e leve!" em que você pode se apossar de qualquer trabalho que queira; QUALQUER UM DELES PODE SER SEU.

Close do passarinho
Foi numa dessas mesas que eu arranjei esse lindo enfeite de gaiola! Achei muito lindo e decidi levar para casa, assim que pedi para o pessoal da marquetaria desgruda-la do pedaço de madeira em que estava colado. Agora, eu achei que só colocar a gaiola seria algo muito simples, então fiz pequenas intervenções!


Materiais utilizados


  1. Tesoura
  2. Fita crepe
  3. Rosa falsa
  4. Botões brancos falsos
  5. Fita de cetim preta
  6. Gaiola






Aliais, minha amiga disse que já viu uma gaiola igual a essa, só que com o pássaro em branco, para vender na sessão de Decoração de uma loja de 1,99; então corram até uma e tentem achar algo parecido para fazer vocês mesmas!

Minhas intervenções foram bem simples e vou lista-las aqui para vocês:
Folhas cobrindo a fita crepe
  1. Flores dentro da gaiola. Eu achei que deixar a gaiola vazia seria um desperdício de espaço, então peguei um ramo de um vaso do quarto da minha mãe e a rosa de outro vaso; colei no centro, onde deveria ser colocada uma vela redonda! Colei elas com fita crepe, já que tinha o mesmo tom de branco que a gaiola; como as flores ocupam um bom espaço ficou bem difícil perceber! Além disso eu puxei um pouco as folhas da rosa pra cobrir a base.
    Como a gaiola ficou
  2. Fita preta entrelaçada. Queria alguma coisa que chamasse a atenção para a gaiola, já que a minha parede é igualmente branca; escolhi a fita preta porque: 1-Era a fita mais longa que eu tinha em casa, já que eu vivo prendendo fitas no cabelo; 2-Queria uma cor que realmente chamasse a atenção. Para mim, o mais legar foi ter sobrado fita para fazer um laço! Achei que ficou muito mais charmoso assim.
  3. Acessórios do dia-a-dia. Eu sempre mantive minhas bijuteria em caixinhas e saquinhos separando por categoria, com o gaiola eu ganhei espaços para pendurar tudo que eu costumo usar com mais frequência; ficou bem mais fácil de pegar aquilo que eu preciso e achei que ficou bem diferente depois de colocar lá;
  4. Pérolas na base. essas pérolas já estavam coladas na base da gaiola, porém eu pensei em tira-las quando eu levei para casa; aos poucos percebi que elas eram o toque final perfeito! Assim a base que ia ficar vazia foi preenchida por um detalhe bem discreto. 

E aqui esta o resultado! Tirei fotos de cada área que eu falei, espero que gostem do enfeite tanto quanto eu!
Alguns acessórios meus
Pérolas lindas!

Uma foto maior de como ficou no todo. Antes eu havia deixado só os botões porque eu tenho uma queda por enfeites meio chamativos e precisei ir atrás da rosa, achei que deu o toque final! 




Cláudia.


segunda-feira, 10 de março de 2014

The Borrower Arrietty

The Secret World of Arrietty

Kari-gurashi no Arietti



Baseado no livro de Mary Nortan, esse é um dos filmes do Studio Ghibli que mais gostei.

Conta a história de uma garota de 14 anos diferente... ela é um ser pequeno, que só mede 10 centímetros; ela e sua família moram debaixo do assoalho de uma casa no subúrbio do Japão. Eles são catadores, pegam tudo que os humanos não sentiriam falta e tem uma regra principal: nunca devem ser vistos pelos humanos. Suas vidas se torna mais complicada quando um garoto vai morar na casa e Arrietty acaba sendo vista por ele, afinal, humanos são muito perigosos!

Acho que todo mundo já deve ter visto algum filme em que haviam pessoas pequenas. Arrietty segue a mesma linha de pensamento desses filmes americanos: São humanos pequenos que pegar as coisas para sobreviver e se mantem escondidos pois sabem que os humanos vão machucá-los se forem descobertos e assim por diante; mas, como todo filme de Studio Ghibli, acho que essa historia tem um encanto especial... Acho que é graças ao garoto, Sho,-kun, que descobre Arrietty; ele é calmo e sereno e tenta se tornar amigo dela.

A própria Arrietty é muito contagiante! Ela tem um espirito de aventura, sem perder aquele leve temor sobre o amanhã quando é descoberta por Sho; sem contar que ela é muito bonita, achei que ela tem uma transformação quando prende o cabelo, parece outra pessoa! A trilha sonora também é fantástica, tem um toque meio natural, com flauta e outros instrumentos "delicados"; combina perfeitamente com o cenário que é cheio e pequenos detalhes! Ênfase no quarto da Arrietty que é cheio de plantas de diferentes tamanhos, formas e cores!

Acabei marcando esse post em Mori Girl também pois acredito que a trilha sonora possa ser bem inspiradora, apesar de que o cenário esteja mais envolvido com um Naturai Kei... mas acho que vale a intensão!

Segue abaixo o vídeo da música tema para ficarem com vontade de ver o filme! Ela mistura inglês e japonês.





Espero que gostem do filme!
Cláudia.

quarta-feira, 5 de março de 2014

1 Litro de Lágrimas - Resenha


1 Litro de Lágrimas


“Por que essa doença me escolheu? Destino é algo que não se pode colocar em palavras.” (Aya Kito)
Essas são as palavras de Aya, uma garota REAL, que passou por tudo que é contado no mangá e muito mais. Na história ela pega uma doença em que começa a perder os movimentos do corpo inteiro; é doloroso, ela é jovem e precisa de muita força para continuar... mas mostra como ela luta para tentar não se deixar abater pela doença, para enfrentar e vida de frente.

Apesar de conhecer gente que não gostou tanto assim, já que assistiu o Dorama e sabe que tem muito mais coisa na história, eu fiquei realmente tocada. Tenho uma amiga que, durante alguns meses, não conseguiu andar por causa de uma doença e posso dizer que lembrei muito dela enquanto lia; hoje em dia minha amiga pode andar normalmente, mas não pude deixar de pensar em como ela se sentiu na época, porque eu nunca tive a coragem de ter uma conversa séria sobre o que aconteceu.

O mangá deixa claro que sempre existe dois pontos de vista, como as pessoas lidam com quem esta doente e como o doente lida com as pessoas ao seu redor; é uma relação difícil, já que nenhum esta realmente preparado para a doença. Nada prepara alguém para perder os movimentos do corpo e é realmente forte o como é possível ver o quanto ela vai tendo desgosto da vida no momento em que ela toma conhecimento de que as coisas não vão voltar atrás; e principalmente o quanto ela não quer ter de viver com as dificuldades, com a necessidade de ajuda de outras pessoas para fazer pequenas coisas.

Eu acabei chorando em algumas partes. Elas não eram realmente tristes, mas pensar que uma pessoa viveu tudo aquilo me toca demais e acabo me pondo do lugar, me sentindo realmente mal por não valorizar tudo aquilo que faço e nem percebo. Acredito que seja uma ótima leitura para se dar mais valor aquilo que nós fazemos, de verdade.

Recomendo muito a todos!




Cláudia